19 de maio de 2020 gabrielestevam

Máscaras ultrafinas de grafeno estão em desenvolvimento no Brasil

Especialistas em nanomateriais buscam parcerias com fornecedores de grafeno para a produção de películas flexíveis resistentes à ação de vírus e bactérias. Também há interesse em consórcios com empresas e instituições de pesquisa e ensino do ramo de plásticos.
Atualizado em: 18/05/2020

A área de plásticos tem sido uma forte aliada de entidades que estão atuando no combate à pandemia da Covid-19 no que diz respeito ao fornecimento ágil de equipamentos de proteção individual como máscaras e óculos. E o atual cenário está estimulando o desenvolvimento de itens desse tipo com o  uso de materiais poliméricos em nanoescala.

A Ambipar iniciou um projeto que consiste na confecção de máscaras de proteção flexíveis e com espessura fina, usando óxido de grafeno. O uso do material permitirá a criação de películas com propriedades antivirais e antimicrobianas, bem como resistência mecânica, térmica e química, que permitam a sua utilização em ambientes distintos e sob condições adversas como, por exemplo, área da saúde, defesa civil, de saneamento, de descontaminação de veículos, entre outras.

Os líderes da iniciativa, Gabriel Estevam Domingos e Sidnei Barros, diretor de pesquisa, desenvolvimento e inovação e professor de design de produto da Ambipar, respectivamente, planejam construir películas que serão divididas em versões com espessura de 2 a 3 mm, comprimento de 100 ou 150 mm, altura de 30 a 50 mm e diâmetro de 480 mm. Os modelos poderão ainda ser configurados com filtros respiradores com diâmetro de 10 mm e altura de 40 mm, e contarão com haste fixadora.

“Estamos nos concentrando na produção de óxido de grafeno e no design dos protótipos de máscaras, pois independentemente do contexto da pandemia, elas vão ter grande utilidade em outras situações. Posteriormente, pretendemos adicionar outros polímeros como o polipropileno e fazer testes de injeção. Alguns desses testes vão ser feitos com a empresa Wise, que possui um dos melhores laboratórios de plásticos do Brasil”, disse Gabriel. Segundo ele, os estudos abrangem ainda a utilização de materiais biodegradáveis e a criação de programas de logística reversa e reciclagem das máscaras.

Os responsáveis pelo projeto estão abertos a propostas de parcerias com fornecedores de grafeno, além de empresas e instituições de pesquisa que atuam no ramo de plásticos. Os interessados podem entrar em contato pelo e-mail gabriel.estevam@ambipar.com.

Foto: Ambipar

Fonte: https://www.arandanet.com.br/revista/pi/noticia/376-Mascaras-ultrafinas-de-grafeno-estao-em-desenvolvimento-no-Brasil